TUDO É POSSÍVEL AO QUE CRÊ

        No dia 27 de julho do ano em curso faleceu o teólogo anglicano, cristão evangélico, John Stott, que tive o privilégio de conhecê-lo e ouvi-lo. Nascido em Londres em 1921, Stott, escreveu dezenas de livros, muitos dos quais traduzidos para nossa língua. Entre seus títulos estão: “Cristianismo Básico”, “Porque Sou Cristão”, “A Cruz de Cristo”, “Eu Creio na Pregação”, “Crer é Também Pensar”, dentre outros. Faço referência ao excelente livro Crer é Também Pensar, por entender que a nossa fé em Cristo não é um salto no escuro, nem mística, mas tem sua base sólida, naquele que é o “Autor e Consumador da nossa fé” (Hb. 12.2)
       Diariamente precisamos tornar a nossa “fé operosa” (I Tes. 1.3) considerando que estamos diante de desafios que parecem impossíveis de serem vencidos ou até mesmo superados. Vivemos dias difíceis na terra e nestes dias nos parecem ser impossíveis ter verdadeiras amizades, famílias maravilhosas, vida próspera, encontrar uma igreja séria, acolhedora, ter saúde, etc. Parece ser impossível ser verdadeiramente feliz.
       Muitas vezes a vida parece ser uma sucessão de dores, medos, decepções, fracassos, sonhos frustrados, filhos rebeldes, desemprego, brigas familiares. Quantas vezes parece que estamos no fundo do poço ou até mesmo em um beco sem saída onde não conseguimos enxergar nem uma luz no fim do beco. Quantas vezes enfrentamos problemas tão difíceis, que humanamente falando não há solução diante deles e até podemos perder momentaneamente a esperança.
       Há uma boa notícia para mulheres e homens, criados à imagem e semelhança de Deus. Por pior que sejam as adversidades, há esperança. Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, afirmou categoricamente: “Tudo é possível ao que crê” (Mc. 9.23b). O evangelista Mateus acrescenta que, pela fé “uma montanha pode ser transportada para o meio dos mares” (Mateus 17.20)
      O que significa isto? O cantor Roberto Carlos deu uma resposta: “Eu me considero um cara realista. A fé não remove montanhas. Não muda o curso das coisas, muda você. Mas mover a montanha, não move mesmo. Não me iludo” (Folha de São Paulo, 11.12.2004)
     Também sou realista: não temos e não teremos a fé que Jesus teve. Se tivéssemos, transportaríamos montanhas, curaríamos os enfermos e ressuscitaríamos os mortos. E isto, não conseguimos fazer.
       De uma coisa sei, porque são palavras de Jesus: “Tudo é possível àquele que crê”, não por causa do poder humano, mas por causa do poder divino que opera em nós e em Quem cremos. Resta uma pergunta: O que é possível ao que crê? É possível ficar livre da morte e da aflição? Não. Jesus não ficou. Ser abençoado com intervenções miraculosas de Deus sempre? Não.
      Tomemos cuidado para não ficarmos numa fé imatura, isto é a fé que não cresce, como os discípulos que estavam com Jesus, mas, sua fé não resistia a uma ausência do Mestre. Fé imatura é a fé que está sempre pondo Deus à prova. Não precisamos de uma fé que prove Deus, mas de uma fé que se deixe ser provado por Ele.
      Querida leitora e leitor, qual é a sua dor? Apresente-se diante de Deus na honestidade e transparência de sua pequena fé. Não tente aparentar bravura quando está quebrantada ou quebrantando, demonstrar valentia, quando está fraca ou fraco. Seja verdadeiro em sua oração. Jesus se compadece quando há real humildade em nossos corações e continua fazendo o impossível nos dias de hoje. Mesmo de maneira débil e desajeitada, simplesmente ore ao Senhor. Afinal, o poder da oração está em Cristo que a ouve e não em você que a faz. Descanse nisso e saiba que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre e continua realizando o impossível.
       Se o mundo, as situações da vida, as pessoas que te cercam, tentam desanimar-te, creia que tudo é possível ao que crê. Descanse nisso!

Pr. Rivaldo Braga
Pres. da Diretoria Regional Maranhense

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