"DAI-LHES VÓS MESMOS DE COMER", UMA NECESSIDADE ONTEM E HOJE

Texto Básico: Mt. 14:13-21

INTRODUÇÃO
O imperativo de Jesus aos seus discípulos frente às necessidades da multidão que o cercavam a cada dia revela muito bem a urgência da igreja no envidar por todos os meios suprir as carências espirituais e materiais do homem contaminado pelo pecado, suprimento este de forma coerente aos princípios estabelecidos em sua Palavra como enumerados a seguir:

1. PRINCÍPIO DO SENSO DE RESPONSABILIDADE PESSOAL v.13, 14a
1.1. Precisamos igualmente olhar as pessoas todas como responsabilidade nossa, isto porque fomos incumbidos para este mister, e não devemos ser omissos à este dever (Tg. 4:17).
1.2. Precisamos cuidar de maneira holística das pessoas, para levarmos a efeito uma ação efetiva é necessário trabalharmos o homem em sua totalidade (corpo, alma e espírito), ficando evidente dois desafios – o espiritual e o social na criatura humana.
a) Seguindo o exemplo do bom samaritano (Lc. 10:30,33-35). Ele assumiu as dores do ferido, envolveu-se com o seu problema.
b) Sendo obediente como Filipe (At. 8:26-35)
1.3. Precisamos discipular os novos na fé. Isto requer:
a) Vida qualificada em Cristo (At. 18:25). Ser um exemplo de vida como preceituou o apóstolo Paulo em Romanos 6:4.
b) Habilidade no uso correto das Escrituras (At. 18:24). Precisamos manejar fielmente as Escrituras Sagradas em todo o seu contexto, e não apenas isoladamente como fazem as seitas falsas e movimentos esotéricos.

2. O PRINCÍPIO DA NECESSIDADE EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS v. 14b
2.1. A atuação de Jesus em seus dias.
a) Um surdo e gago curado esplendidamente bem (Mc. 7:31-37)
b) Dez leprosos restaurados à sociedade (Lc. 17:11-19). Só existe ação social completa quando alguém investe na vida do necessitado o tempo e os recursos necessários para restaurá-lo e torná-lo útil na sociedade.
c) Um publicano desprezível foi transformado (Lc. 19:1-10)
2.2. A ação evangelizadora da Igreja primitiva
a) Não faziam acepção de pessoas (At. 5:42). A Igreja deve trabalhar o espiritual e o social sem fazer distinção de pessoas quanto ao sexo, cor, raça ou condição social.
b) Pessoas de situações diversificadas foram alcançadas pelo evangelho (At. 8:4-8)
c) Alguém de raça e cultura diferente foi alcançado (At. 10:23-28)

3. O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE NO TRATO COM AS PESSOAS
vv. 13, 14, 20
3.1. As multidões como fonte de oportunidade v. 13
3.2. Enfermos curados num primeiro momento v. 14
3.3. Fome saciada num segundo momento v. 20

4. O PRINCÍPIO DA ESPIRITUALIDADE NO CONTATO COM AS PESSOAS v. 19
4.1. Jesus orou expressando um ato de:
a) Comunhão com o Pai – “erguendo os olhos ao céu”
b) Benção impetrada sobre o pão – “os abençoou”
c) Amor em divulgar o reino de Deus.
4.2. Jesus partiu os pães, e estes foram distribuídos à multidão.
a) Sinal de empatia à multidão carente.
b) Sinal de empenho em atender à necessidade da multidão. O reverendo Silas Viegas (1992) abordando a visão contemporânea do social, expressa sua convicção neste sentido dizendo: “Creio que o momento histórico que estamos vivendo exige de nós, povo de Deus, um compromisso de investimento mais efetivo, urgente, pois não podemos divorciar evangelização de ação social (At. 20:35)”:
· Promovendo uma assistência, serviço e ação social que consiste em socorrer o ser humano em suas necessidades, usando os médicos, dentistas, profissionais da igreja, crentes em geral, para atendimento gratuito aos mais carentes (sugestão: através de mutirão social).
· Promovendo ensino básico através da formação de grupos de alfabetização para adultos; criação de escolas, aproveitando as instalações da igreja; promoção de cursos de profissionalização, cursos de trabalhos manuais, hortas comunitárias, etc.

CONCLUSÃO
Fica evidente que o trabalho social é dinâmico, criativo, amplo, sem barreiras, ficando a cada igreja o dever de descobrir as limitações e potencialidades de cada ação social em que ela se envolverá para o bem comum da sociedade em que vive.
Saibamos que o autêntico servo de Deus não se preocupa apenas com o céu, mas também com as necessidades materiais do seu próximo aqui na terra.

Pr. Sebastião de Souza
ICE Peniel/PI

1ª REUNIÃO DO DNUFC E REVISTA EBENÉZER

Aconteceu no dia 01 de outubro em São Luis/MA, a 1ª reunião das atuais Diretorias: Departamento Nacional das Uniões Femininas Cristãs da AICEB – DNUFC e Revista Ebenézer.



REVISTA EBENÉZER - 4ª edição/2011

SUGESTÕES PARA COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DA REVISTA EBENÉZER

1. Como presidente da união, alie-se à agente local da Revista Ebenézer para a realização desta programação.
2. Convidem formalmente todas as mulheres da igreja, quer seja sócia ou não, especialmente aquelas que compram a revista.
3. Se possível, providencie uma blusa de comemoração do aniversário da Revista Ebenézer: Estamos no ano 33.
4. Elaborem uma programação bem motivada e interessante.
5. As seções da Revista oferecem uma gama de idéias, tais como:
· O Hino da revista; “EBENÉZER CANTAMOS” (na capa desta revista) para ser cantado por todas.
· O “Reflita”, para ser lido, comentado, encenado ou mesmo distribuído para as presentes.
· O “Estudo Bíblico”: escolhido um para ser ministrado por uma irmã, apta para esta finalidade.
· A seção do “Divirta-se”, para ser apresentado como parte de recreação, ao final do encontro.
· O lanche, composto das receitas contidas, “Venha à Minha Cozinha,” distribuídas anteriormente ás irmãs, afim de que tragam de casa, tudo pronto, explicando antes de ser servido, de qual revista foi retirada a receita feita.
· Ou se preferir fazer coletivamente uma receita, que servirá como lanche ao final do encontro
· Uma competição entre as irmãs para saber quem mais tem Revista Ebenézer: Coleções por ano; da 1ª á última; quem mais distribuiu através de doações e etc.
· Uma banca com revistas para doações à amigas descrentes ou mesmo a irmãs que ainda não são assinantes.
· Pequenos depoimentos de bênçãos recebidas através da leitura da Revista Ebenézer.
· Localização de artigos e fotos da união, da igreja, ou de irmãs da união.
· Recolhimento de uma oferta especial a ser dedicada à revista Ebenézer (Redação) ou à agente Regional ou mesmo à agente local.
· Uma palavra de explicação do funcionamento da Revista como um todo.
· Alistamento de novas (os) assinantes da Revista Ebenézer.
· Período de oração em gratidão e súplica por aquelas que fazem a Revista.
· Entrega solene dos certificados de Fidelidade, às irmãs adimplentes.
· Secção de fotos para ser publicada na revista, desta comemoração realizada.
Dalva Ferreira Silva Miranda – Diretora da RB/2011.

TUDO É POSSÍVEL AO QUE CRÊ

        No dia 27 de julho do ano em curso faleceu o teólogo anglicano, cristão evangélico, John Stott, que tive o privilégio de conhecê-lo e ouvi-lo. Nascido em Londres em 1921, Stott, escreveu dezenas de livros, muitos dos quais traduzidos para nossa língua. Entre seus títulos estão: “Cristianismo Básico”, “Porque Sou Cristão”, “A Cruz de Cristo”, “Eu Creio na Pregação”, “Crer é Também Pensar”, dentre outros. Faço referência ao excelente livro Crer é Também Pensar, por entender que a nossa fé em Cristo não é um salto no escuro, nem mística, mas tem sua base sólida, naquele que é o “Autor e Consumador da nossa fé” (Hb. 12.2)
       Diariamente precisamos tornar a nossa “fé operosa” (I Tes. 1.3) considerando que estamos diante de desafios que parecem impossíveis de serem vencidos ou até mesmo superados. Vivemos dias difíceis na terra e nestes dias nos parecem ser impossíveis ter verdadeiras amizades, famílias maravilhosas, vida próspera, encontrar uma igreja séria, acolhedora, ter saúde, etc. Parece ser impossível ser verdadeiramente feliz.
       Muitas vezes a vida parece ser uma sucessão de dores, medos, decepções, fracassos, sonhos frustrados, filhos rebeldes, desemprego, brigas familiares. Quantas vezes parece que estamos no fundo do poço ou até mesmo em um beco sem saída onde não conseguimos enxergar nem uma luz no fim do beco. Quantas vezes enfrentamos problemas tão difíceis, que humanamente falando não há solução diante deles e até podemos perder momentaneamente a esperança.
       Há uma boa notícia para mulheres e homens, criados à imagem e semelhança de Deus. Por pior que sejam as adversidades, há esperança. Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, afirmou categoricamente: “Tudo é possível ao que crê” (Mc. 9.23b). O evangelista Mateus acrescenta que, pela fé “uma montanha pode ser transportada para o meio dos mares” (Mateus 17.20)
      O que significa isto? O cantor Roberto Carlos deu uma resposta: “Eu me considero um cara realista. A fé não remove montanhas. Não muda o curso das coisas, muda você. Mas mover a montanha, não move mesmo. Não me iludo” (Folha de São Paulo, 11.12.2004)
     Também sou realista: não temos e não teremos a fé que Jesus teve. Se tivéssemos, transportaríamos montanhas, curaríamos os enfermos e ressuscitaríamos os mortos. E isto, não conseguimos fazer.
       De uma coisa sei, porque são palavras de Jesus: “Tudo é possível àquele que crê”, não por causa do poder humano, mas por causa do poder divino que opera em nós e em Quem cremos. Resta uma pergunta: O que é possível ao que crê? É possível ficar livre da morte e da aflição? Não. Jesus não ficou. Ser abençoado com intervenções miraculosas de Deus sempre? Não.
      Tomemos cuidado para não ficarmos numa fé imatura, isto é a fé que não cresce, como os discípulos que estavam com Jesus, mas, sua fé não resistia a uma ausência do Mestre. Fé imatura é a fé que está sempre pondo Deus à prova. Não precisamos de uma fé que prove Deus, mas de uma fé que se deixe ser provado por Ele.
      Querida leitora e leitor, qual é a sua dor? Apresente-se diante de Deus na honestidade e transparência de sua pequena fé. Não tente aparentar bravura quando está quebrantada ou quebrantando, demonstrar valentia, quando está fraca ou fraco. Seja verdadeiro em sua oração. Jesus se compadece quando há real humildade em nossos corações e continua fazendo o impossível nos dias de hoje. Mesmo de maneira débil e desajeitada, simplesmente ore ao Senhor. Afinal, o poder da oração está em Cristo que a ouve e não em você que a faz. Descanse nisso e saiba que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre e continua realizando o impossível.
       Se o mundo, as situações da vida, as pessoas que te cercam, tentam desanimar-te, creia que tudo é possível ao que crê. Descanse nisso!

Pr. Rivaldo Braga
Pres. da Diretoria Regional Maranhense

NOVA DIRETORIA DO DNUFC


PRESIDENTE: Eloíde Rodrigues Guimarães de Lima (Central)

VICE-PRESIDENTE: Ester Monteiro Alves (Amazônia Equatorial)

SECRETÁRIA DE ATAS: Magaly Paulino da Silva (Amazônia Ocidental)

SECRETÁRIA DE CORRESPONDÊNCIA: Mirla Maria dos Santos Sobral (Maranhense)

1ª TESOUREIRA: Ana Maria Resende Ramos Sousa (Tocantina)

2ª TESOUREIRA: Raimunda Paz dos Santos Barbosa (Nordeste)

CONSELHEIRAS: Domingas Gomes Diniz (Amazônica) e Iraci da Silva Carreiro (Maranhense)

ESPERANDO CONTRA A ESPERANÇA

Esta edição da Revista Ebenézer traz para a reflexão das leitoras e leitores mais um tema extremamente pertinente: A Esperança. O tema é pertinente considerando o momento histórico pelo qual o mundo atravessa hoje. A conjuntura é marcada por uma situação de crise generalizada. O tempo atual é tempo de crise.
Alguns tipos de crise: Crise de respeito, de sensatez, moral, da verdade, de justiça, sócio-política, sócio-econômica, de emprego, de solidariedade, ambiental, de espiritualidade, existencial e de ESPERANÇA.
Nesse contexto, vemos em nossa sociedade várias pessoas amarguradas e desesperadas que não tem encontrado significado para a existência, pessoas tão angustiadas que não sabem mais o que é ter esperança.
O que podemos esperar de nosso país e seus governantes? Em quem podemos confiar? Será que há esperança?
Precisamos voltar no tempo e no espaço, através da Bíblia, e olhar para Jó, o maior homem do oriente, riquíssimo (Jó 1.3), e que era “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (1.1). No entanto, apesar de todos estes qualificativos, passou por várias provações sob a permissão de Deus, mas enfrentou e superou suas crises.
Dentre as várias lições que aprendemos com o nosso irmão Jó, quero destacar apenas três:
Em primeiro lugar, a descrença caracteriza a crise de esperança. Quem espera, espera alguma coisa de alguém, e quando este alguém não cumpre o que foi proposto surge a falta de confiança e uma visão cada vez mais estreita quanto a possibilidade de se alcançar o objetivo desejado.
Jó esperava a cura, todavia a sua própria esposa já o havia aconselhado a abandonar o seu Deus e optar pela morte (2.). No cap. 10 vemos Jó protestando contra Deus, julgando que todo aquele sofrimento era demais para ele, e tal atitude de Jó leva o amigo Zofar a acusá-lo de iniqüidade (11), ou seja, da falta de conformidade com a vontade do Senhor para sua vida. Verdade é que no cap 17 vemos Jó enfrentando a crise de esperança quase descrendo da possibilidade de recuperação, e desejando para si a morte mesmo.
Hoje em dia pode-se ver um número cada vez maior de pessoas que, em face de todos os seus problemas, dificuldades, ou enfermidades, entrarem em total desespero e já não acreditam mais nas possibilidades de uma recuperação. Muitos já não crêem mais: no restabelecimento da felicidade na vida familiar, na conquista de um bom emprego, no alcance dos alvos propostos para o seu futuro, na queda da inflação, na capacidade dos líderes governamentais, na recuperação da saúde, etc.
Vivem sob a crise da esperança, e a vida já não tem mais sabor para eles.
Em segundo lugar, o tempo é o grande inimigo da esperança. Normalmente, ao se enfrentar qualquer problema, espera-se que a solução do mesmo venha o mais rápido possível, mas isto nem sempre acontece. Às vezes, é preciso esperar meses ou anos. Foi o que aconteceu com o homem paralítico à beira do tanque de Betesda, que esperava há 38 anos pela cura (João 5.1-15); também com a mulher que padecia há 12 anos de uma hemorragia (Mt. 9.19-22) e anteriormente havia acontecido com Jó (17.11-6) que padeceu todo o seu sofrimento por um longo tempo.
O tempo é o grande inimigo daquele que espera, uma vez que a ansiedade toma conta e o deixa desinquieto por todo o período de demora da resposta. Talvez o maior problema do ser homem seja o de não se conformar com a vontade soberana de Deus e querer limitá-lo ao tempo e desejo do próprio homem. Deus tem o seu tempo próprio de ação e o faz quando bem quer, onde quer e como quer. Entendendo isso, torna-se mais fácil exercitar pacientemente a esperança, tal como Davi no Sl. 40.1. Devemos lembrar que Deus utiliza inclusive o próprio tempo para nos provar e confirmar a nossa paciência e fé. Portanto, não se pode entender a “demora” divina como sendo uma falta de resposta, pois “para Deus um dia é como mil anos, e mil anos como um dia” II Pe 3.8.
Enquanto se passar o tempo no qual esperamos a resposta, estaremos mais e mais exercitando a nossa fé, que produz esperança (Hb. 1.1) (Jó 19.23-27).
A fé crê que mesmo que tempo passe, virá o dia no qual se poderá abraçar a solução para os problemas e dificuldades.
Em terceiro lugar, Jesus Cristo é a solução para a crise de esperança. Jó viveu momentos dramáticos, trágicos, atordoados; chegou até mesmo a perder a esperança de cura, recebeu palavras diversas da parte dos amigos para permanecer firme no Senhor, e no desfecho do seu livro (42), vemo-no encontrando a solução para toda sua crise: Deus restaura a saúde física e lhe dá em dobro todos os bens que havia perdido.
Por maior que seja a crise, o poder de Jesus é sempre maior que ela. Vemos isto em muitos textos da Bíblia, por exemplo, quando fala dos milagres de Jesus reanimando a esperança de muitas pessoas e lhes dando a vitória sobre suas crises.
Quando Cristo recebeu a notícia da morte de Lázaro, demorou-se 2 dias para deixar a Galiléia rumo a Betânia. Quando lá chegou, 4 dias após o sepultamento de Lázaro, encontrou suas irmãs desesperadas e entristecidas pela sua demora. Porém, Jesus restaurou a esperança e a alegria no coração de Marta e Maria ao efetuar o milagre de ressurreição, dando vida novamente a Lázaro (João 11.7-46)
Querida leitora e leitor, diante de diversos problemas que você pode enfrentar em sua vida, tais como: enfermidade, desemprego, conflitos familiares, morte de entes queridos, dívidas, etc, talvez você esteja sendo atingido pela falta de esperança e imaginando que não há solução. No entanto, não se deve jamais perder a esperança e confiança no poder libertador, curador e salvador de Jesus Cristo. Ele é a solução para todos os dilemas humanos. Faça o que a Bíblia nos manda: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais ele fará” Sl. 37.5

Pr. Rivaldo Braga

FAZENDO A FIGUEIRA FLORESCER

Texto bíblico básico: Habacuque 3.17-19
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. Habacuque fala da experiência do sofrimento através de situações ligadas ao mundo rural, que não são necessariamente as nossas. Mas elas se aplicam a nós?
A experiência de Habacuque é a experiência da escassez. Podemos viver em outro contexto, mas há momentos em que experimentamos a falta de recursos financeiros, de paz ou de saúde ou de alguma outra necessidade. Nesta hora, nós nos identificamos com Habacuque e com todos os que sofrem.
2. Em que sentido, nós nos identificamos com Habacuque e o que podemos aprender com isto?
Como ele, defrontamo-nos com o sofrimento, pessoal ou de outrem.
Como ele, sofremos diante da corrupção moral e política do país. Somos vítimas de todo tipo de violência. Enfim, temos que conviver com múltiplas manifestações do mal.
Diante deste quadro, ficamos nos perguntando por que Deus não responde às nossas orações.
A figueira e a corsa representam a força do reino natural. A alegria e a exultação representam a força da presença sobrenatural de Deus em nós. Esta alegria e exultação são fundadas em nossa confiança em Deus, no Deus da salvação (18b).
3. O que podemos fazer para fazer a figueira florescer?
Eis o que devemos fazer como fez Habacuque:
  • Devemos olhar para o que Deus já fez conosco (1.5)
  • Devemos olhar para o que Deus é (1.12) descobrindo que:
  • Ele é maior do que nós e nossos problemas
  • Ele age em nossas vidas. Sabemos disto por experiência própria.
  • Ele age segundo sua própria vontade.
  • Devemos confiar no amor poderoso de Deus, mesmo que as tragédias nos alcancem.
  • Devemos exultar em Deus e exaltá-lo, mesmo na adversidade.
Pr. Enoque Santana
Presidente Nacional da AICEB

A FÉ QUE VENCE O MUNDO

A fé cristã é uma fé vitoriosa, mas não é o triunfalismo tão pregado hoje em dia; os ensinamentos e muitas das canções insinuam a fé do homem no homem. O humanismo soberbo e altivo ignora a doutrina da suficiência em Cristo e atribui ao homem a vitória pela crença em sua capacidade pessoal, para galgar a fama, a prosperidade e o sucesso. Fala-se muito na fé que vence problemas, obstáculos e situações. "Você é um vencedor” é o refrão mais usado para os cristãos hoje, mas não se observa a base e o alvo da fé que o faz vitorioso. Deseja-se muito a vitória sobre satanás e seus anjos e quase não há menção no contexto moderno da vitória sobre as tentações da carne e do mundo. “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. (I Jo 5:4 b). Pela vitória dos que viveram essa fé, entendemos que o apóstolo João visualizava a vitória sobre um sistema hostil ao crente, que pode levá-lo até o extremo de tirar-lhe os bens e a própria vida; quando isto chega acontecer, por amor a Cristo, em quem confiamos, essa é a vitória retumbante sobre o mundo. (Ver Hb 11:35 b - 38).
O tema do trimestre da Revista Ebenézer desafia a todos nós a um viver pela fé que vence o mundo. Observemos duas verdades sobre este tema:

I – A fé que vence o mundo é obediente - Hb 11:8-10, 17-19.
Queremos destacar dois fatos na vida de Abraão que demonstram sua fé vitoriosa e justificadora:

1. A fé que o fez obedecer a Deus quando chamado para uma terra que lhe seria mostrada e na qual peregrinaria, com sua família, durante sua vida.
A Bíblia diz que a razão dessa obediência era a visão que tinha não apenas de uma pátria terrena, mas de uma morada celestial: “Porque aguardava a cidade que tem fundamento, da qual Deus é o arquiteto e edificador.” (Hb 11:10). A fé vitoriosa de Abraão revela-se na esperança que o fazia aspirar as coisas espirituais.

2. A fé que o fez obedecer a Deus na entrega do seu filho Isac ao sacrifício. Hb 11:17-19.
Essa fé foi aprovada com a ordem de Deus o qual requereu de Abraão seu filho; seu único filho em quem “acolheu alegremente a promessa”. Sua fé agigantou-se na consideração de que Deus era poderoso para ressuscitá-lo.
Quando Abrão levantou o cutelo para imolar Isac, em sua mente havia a convicção do poder de Deus que ressuscita mortos. A fé vitoriosa ensina sacrifício e obediência para todos nós.

II - A fé que vence o mundo tem em Cristo sua razão de ser - l Jo 5:1-5.
Não há outra pessoa em que a fé repouse, senão a pessoa de Jesus. Paulo diz: "Eu sei em quem tenho crido e estou certo que é poderoso para guardar o meu tesouro até o dia final”.
No texto de 1° Jo. diz: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus”. 5:1. Observa-se aqui que essa fé em Cristo e regeneradora, isto é, faz o homem nascer como filho de Deus. Há três aspectos da fé vencedora que queremos enfocar pelo texto:
A fé que ama-5:2
A fé que guarda os mandamentos - 5:3
A fé que vence o mundo - 5:4, 5
           
Conclusão:
Temos visto a fé vencedora em dois aspectos: A fé que obedece e a fé que crê em Jesus. Isto é muito mais que uma religião formal ou um sistema de cultos ou liturgias; é muito mais que palavras ou confissões. Não é a fé bajuladora que afaga o orgulho e as vaidades dos homens.
A fé que vence o mundo custa o alto preço da obediência e do sacrifício vicário de Jesus que nos fez filhos de Deus por adoção. É esta fé Nele que faz a diferença.
Eu e você podemos vencer o mundo pela nossa fé heroica e uma em Jesus.

Pr. Enoque Vieira de Santana
ICE Imperatriz – MA